A cirurgia da mão se desenvolveu como especialidade ao longo do século passado incentivada pela demanda dos médicos militares durante as grandes guerras. Os resultados obtidos nos tratamentos das lesões nas mãos eram considerados ruins, pois geravam muitas sequelas funcionais e estéticas. Inicialmente, os médicos das mais diversas áreas dividiam os conhecimentos necessários para os tratamentos: os neurocirurgiões cuidavam dos nervos; os cirurgiões vasculares operavam as artérias e as veias; os ortopedistas tratavam dos ossos e dos tendões; e os cirurgiões plásticos cuidavam das feridas e lesões da pele. Essa segmentação toda não se mostrou adequada para os tratamentos na mão, pois os pacientes necessitavam dos conhecimentos e das técnicas de todos esses especialistas juntos. Assim, surgiu o cirurgião da mão, o médico especialista com a formação mais longa, capaz de atuar em todas as estruturas da mão, com treinamento nas técnicas ortopédicas, neurocirúrgicas, vasculares e plásticas. Devido a formação ampla, o cirurgião da mão é tão versátil que frequentemente é requisitado a atuar nas outras áreas do corpo. Mas a mão continua sendo um grande desafio para a medicina, por isso é recomendado que ela seja tratada pelo especialista.
Essa é a pergunta mais comum, pois o paciente e os familiares costumam relacionar o tempo cirúrgico à complexidade e aos riscos envolvidos. No entanto, isso não é verdade. Algumas vezes, procedimentos muito delicados são feitos rapidamente. Outras vezes, o tempo decorrido no centro cirúrgico pode ser longo, porém sem intercorrências ou dificuldades técnicas. Eventualmente, a demora ocorre apenas por causa dos preparos como limpeza da sala, troca de equipamentos, posicionamento do paciente e dos instrumentais, etc. Diversos fatores podem fazer com que um procedimento simples deixe o paciente por 4 ou 5 horas no centro cirúrgico. Não se preocupe com o tempo.
Nos séculos passados, principalmente antes do advento da anestesia, os cirurgiões mais rápidos eram os mais famosos. Não era para menos. Imagine como seria fazer uma cirurgia de apenas uma hora sentido dor.
Na realidade de hoje, costumo dizer que a cirurgia leva o tempo necessário para ficar boa. O importante é que o cuidado seja o melhor possível, mas não necessariamente rápido.
A palavra simples não combina com a palavra cirurgia. Um cirurgião não se forma em menos de 11 anos de treinamento médico. Logo, operar não pode ser considerado simples.
Alguns procedimentos tem baixos índices de complicações, altos índices de sucesso e satisfação dos pacientes. Mas, tudo o que fazemos envolve riscos. Os procedimentos cirúrgicos tem diversos riscos envolvidos. Na cirurgia da mão os mais comuns são a falha da fixação ou sutura dos implantes, intercorrências na cicatrização, infecção, lesões de estruturas nobres como nervos ou artérias, alergias, etc.
A segurança do procedimento está diretamente relacionada aos cuidados tomados. O trabalho da sua equipe assistente é estudar esses riscos para identificá-los e minimizar os efeitos deles. Para isso, escolha um médico da sua confiança. Verifique as credenciais e o currículo dele. Verifique o histórico da experiência do cirurgião antes de submeter-se ao procedimento. Verifique se ele foi submetido e aprovado nos testes das sociedades de especialistas. Lembre-se que os hospitais e os planos de saúde não usam o critério qualidade técnica como o principal fator de contratação. Decida, você mesmo, o médico que o atenderá.
A alta hospitalar é apenas uma recomendação do médico. Não se trata de uma ordem ou lei. As condutas indicadas são baseadas na experiência da equipe e nos protocolos de segurança. A saída do hospital no horário prescrito é a sugestão adequada. Caso o paciente opte por sair antes ele é livre para tomar essa decisão. No entanto, pressionar a equipe para mudar a conduta de rotina não é uma atitude adequada. O médico costuma se sentir constrangido e desconfortável em atender ao seu pedido.
A dor após um procedimento cirúrgico é esperada, porém ela deve ser controlável com os analgésicos prescritos na alta.
Caso a dor aumente muito de intensidade após a alta hospitalar, pode estar ocorrendo alguma intercorrência. Nesse caso o exame médico se faz necessário. A melhor atitude é ir ao serviço de emergência do hospital para que o médico plantonista o examine. Na maioria das vezes o médico plantonista saberá resolver o problema ou contactará o seu cirurgião para que juntos definam a melhor conduta para o seu caso.
Sem o exame físico feito por um médico não é possível diferenciar entre as intercorrências mais comuns, por isso, telefonar para o cirurgião tem pouca utilidade nesses casos.
O processo de cicatrização envolve a inflamação do local. A inflamação pode produzir uma secreção amarelo claro, que é o soro do sangue.
O esperado é que esse processo inflamatório aumente ao longo dos primeiros 5 dias e depois comece a regredir progressivamente. Uma mudança desse padrão pode significar que esse processo inflamatório está associado a uma infecção do local da cirurgia. A inflamação da cicatrização não requer nenhum cuidado adicional, pois é natural e esperado. Mas a infecção necessitará de intervenção médica: medicação ou cirurgia.
Diferenciar esses dois processos é um desafio até para os médicos mais experientes. Porque todos os sinais e sintomas são comuns aos dois tipos de inflamação (cicatrização e infecção). A principal diferença é a intensidade desses sinais e sintomas, além da modificação do padrão. O qual é para uma melhora progressiva, nos casos da cicatrização, e uma piora progressiva nos casos de infecção. O aumento excessivo dos principais sinais e sintomas pode indicar uma infecção. Deve ser observado: aumento do volume no local, aumento do halo vermelho ao redor da ferida, aumento da dor, aumento da temperatura no local e dificuldade de mexer o dedo.
No caso de suspeita de uma infecção, a melhor atitude é ir ao serviço de emergência do hospital para que o médico plantonista o examine. Na maioria das vezes ele saberá resolver o problema ou contactará o seu cirurgião para que juntos definam a melhor conduta para o seu caso.
Sem o exame físico feito por um médico não é possível diferenciar os processos inflamatórios, por isso, telefonar ou enviar fotografias para o cirurgião tem pouca utilidade nesses casos.
Com o passar dos dias, após a fixação óssea ocorre a soltura progressiva dos fios de fixação. Por isso eles podem facilmente sair na troca do curativo. O recomendável é que o cirurgião assistente retire o pino no consultório, mas se ele sair em casa, não reintroduza o pino, pois isso pode levar bactérias da pele para o interior do osso. Essa contaminação aumenta os riscos de infecção. Portanto, apenas cubra o orifício do pino com uma gaze até que o sangramento pare e, em seguida, agende uma consulta de revisão com o cirurgião.
Os materiais de síntese são fabricados com metais que podem permanecer no corpo por toda a vida. A retirada do material só está indicada quando ocorre alguma intercorrência. São excessões as situações que requerem a retirada. O paciente deve avaliar com o cirurgião os riscos e os eventuais benefícios com a nova cirurgia para a retirada. Os procedimentos de retirada de materiais de fixação óssea podem ser de difícil execução e causar danos aos tecidos ao redor. Quando o paciente deseja retirar o material, esperamos ao menos um ano após a consolidação do osso para realizar a nova cirurgia.
Os materiais de síntese usados na cirurgia da mão podem ser feitos de titânio, aço ou outras ligas metálicas. Geralmente são placas, hastes ou parafusos bem pequenos, portanto a quantidade de metal usado não costuma ser suficiente para disparar o sistema de segurança e os detectores de metais das agências bancárias. Nos aeroportos, os sistemas são mais sensíveis e podem dar o alarme ou mesmo serem visualizados, quando utilizam raios-X. Não há nenhum impedimento em passar pelo sistema de segurança. Caso ocorra o alarme, fique tranquilo e explique ao agente da segurança. Mostrar a cicatriz costuma ajudar. Mesmo assim, dependendo do protocolo do local, podem ser feitos alguns procedimentos adicionais, como revistas ou raios-X. Se for um viajante frequente ou precise passar regularmente em um sistema de segurança que alarme com o seu implante, solicite ao médico uma declaração específica para esse fim, com cópias das radiografias.Os materiais de síntese são fabricados com metais que podem permanecer no corpo por toda a vida. A retirada do material só está indicada quando ocorre alguma intercorrência. São excessões as situações que requerem a retirada. O paciente deve avaliar com o cirurgião os riscos e os eventuais benefícios com a nova cirurgia para a retirada. Os procedimentos de retirada de materiais de fixação óssea podem ser de difícil execução e causar danos aos tecidos ao redor. Quando o paciente deseja retirar o material, esperamos ao menos um ano após a consolidação do osso para realizar a nova cirurgia.
Cubra o segmento amputado com uma gaze úmida ou um pano limpo. Coloque em um saco plástico bem amarrado. Coloque o saco dentro de um recipiente (isopor ou outro saco) contendo água e gelo. O recipiente deve conter mais água do que gelo, para que a pele não entre em contato direto com o gelo e, assim, não sofra queimaduras.
O mesmo procedimento serve para as amputações do dedo, mão ou braço.
Leve qualquer segmento amputado ao hospital. Lá, o cirurgião decidirá se é viável o reimplante ou se aproveitará algum dos tecidos. Mesmo quando não é possível reimplantar o segmento, a unha, a pele, o osso, os nervos ou os tendões podem ser aproveitados para o tratamento de alguma outra estrutura remanescente.
Deixe a mão elevada por 5 a 10 min com uma compressa gelada ao redor do dedo.
Passe um lubrificante como: vaselina, sabão, óleo ou limpa vidro.
Use um fio dental para retirar conforme o vídeo disponível no canal do YouTube.
Corte o anel se for necessário, mas não deixe um anel preso à base de um dedo machucado.